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União de Freguesias de S. Bartolomeu dos Galegos e Moledo

S. Bartolomeu dos Galegos

S. Bartolomeu dos Galegos é a segunda mais antiga Freguesia do concelho da Lourinhã, distando cerca de 5 km da sede do concelho.  Com uma área de 12,54 km2é constituída ainda pelos lugares do Paço, Carqueja, Pena Seca, Feteira, Casal da Galharda, Reguengo Pequeno e Casal Caldeira.

Tem como órago São Lourenço dos Galegos e realiza a feira anual no dia 24 de Agosto, data em que a Igreja celebra a festa do Apóstolo S. Bartolomeu.

A região foi habitada desde o período do Neolítico como o provam as várias grutas e os muitos artefactos encontrados, mas terá sido na Idade Média e após a reconquista que o principal núcleo habitacional, S. Bartolomeu, se formou, tendo-se constituído Paróquia nos finais do séc. XIV princípios do séc. XV, separando-se do termo da vila de Óbidos à qual pertencia sob a jurisdição da Paróquia de Santa Maria daquela vila.

O topónimo de Galegos derivará ao que tudo indica, de uma colónia de emigrantes galegos, mesteirais, trabalhadores da pedra, que aqui se radicaram, e que deram origem à formação de canteiros que perduram até à actualidade e que deixaram a sua arte testemunhada em muitas obras da região.

Sobre o assunto o Padre Manuel Antunes, num manuscrito de 1767-Livro da Paroquial Igreja de S. Lourenço dos Galegos do lugar de S. Bartolomeu, relata-nos a lenda:

"Por tradição comua dizem que este vocábulo ou sobrenome dos Galegos lhe viera em tempo que o mar chegava à dita Igreja e que vinha uma embarcação de gente das partes do Norte e sobreveio uma tão grande tempestade e tormenta que se viram perdidos, na qual aflição e perigo prometeram e fizeram voto ao mártir São Lourenço, de que livrando-os daquele perigo, lhe poriam uma sua imagem naquela terra aonde apartassem salvos, e aportando salvos junto donde está hoje a dita Igreja, deixaram no dito outeiro uma imagem do Mártir São Lourenço, como tinham prometido, a qual ou outra em seu lugar não há muitos anos que ainda existia, em um nichozinho que ainda hoje existe à porta da dita Igreja, e deste Santo tomou a Freguesia o nome, por ser, entendo que mais antigo, que a origem do da dita Igreja e por sobrenome dos galegos, por ser trazido por aquela gente das partes do norte. " (1)

Rui Cipriano, Vamos falar da Lourinhã, ed. C. M. Lourinhã, pg. 270

 

Moledo

A Freguesia do Moledo situa-se no coração do Planalto das Cezaredas - Paisagem Notável - desenvolvendo-se sobre uma plataforma calcária na qual ocorrem afloramentos desta rocha. Este Planalto está integrado num território calcário com cerca de 140 millhões de anos, constituído como que um prolongamento do sistema de "Aire/Montejunto".

Constituída pela aldeia de Moledo e uma pequena porção da aldeia de Cesaredas, constitui parte de um sistema ecológico e cultural complexo, caracterizado por processos de transformação e desenvolvimento de Paisagem, decorrentes da influência Atlântica e reunindo espécies raras e endémicas, de que resultam condições ecológicas singulares.

Trata-se de uma Freguesia de natureza bastante rural e que, apesar de novas infra-estruturas, ainda sente a força do isolamento.

O povoamento desta região remonta a épocas pré-históricas, nomeadamente do neolítico.

A denominação de Cesareda terá derivado de César, Imperador Romano, que aqui teria acampado. Desta época, foram encontrados, na povoação, dois pesos de teares em cerâmica.

O nome da Freguesia está relacionado com a topografia do terreno em que se integra. A palavra Moledo significa pedra grande, pedra desconforme, pedragulho, o que corresponde às características do solo onde a aldeia está implatada.

Segundo alguns historiadores, entre eles, Montalvão Machado, teria existido em Moledo um paço do Moledo, no qual teria vivido D. Inês de Castro, que ali se encontraria diversas vezes com D. Pedro, aquando das estadas deste último no paço da Serra d'El Rei. Este pequeno paço, teria sido anteriormente um entreposto fenício então reconstruído.

Este facto histórico, apesar de não estar inteiramente confirmado, permitiu àquela habitação em Moledo ser imortalizada, apesar de hoje nada existir dela. Uma peça importante do património edificado de Moledo que se perdeu. Deixado no vazio no séc. XVI, o paço do Moledo começou a partir daí a ser destruído. Os habitantes começaram a levar as pedras e a aproveitá-las para outras construções, e daí à total demolição foi um pequeno paço. Em finais do séc. XIX, já nada existia.

À população de Moledo foram concedidos vários privilégios, os quais constam de duas cartas de privilégios, sendo que a primeira foi conferida por D. Fernando, filho de D. Pedro. Em 1378, a 12 de Outubro, o monarca publicava uma carta de privilégios, que se constitui num dos primeiros documentos relativos à história da Freguesia.

 

Presidente da União de Freguesias: Zita Silva

Rua 24 de Agosto, n.º 30 C
2530 - 701 São Bartolomeu dos Galegos
Tel: 261411916
Fax: 261 411916
Email: jf.sbartolomeu.moledo@gmail.com