
Comunicado - Aviso meteorológico: precipitação, vento e agitação marítima
De acordo com a informação meteorológica disponibilizada pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), prevê-se, para as próximas 48 horas, um agravamento das condições meteorológicas, designadamente:
- Períodos de chuva por vezes forte e persistente hoje e amanhã até ao final da manhã, em especial entre o final do dia de hoje e o início da manhã de amanhã, com possibilidade de trovoadas e rajadas fortes.
- Vento de sul-sudoeste forte e com rajadas até 75 km/h no litoral a norte do Cabo Mondego, em especial até ao fim da madrugada de amanhã.
- Agitação marítima na costa ocidental a norte do cabo Raso com ondas de oeste-sudoeste até 5 metros até ao meio da madrugada de amanhã terça-feira.
Prevê-se que, com o evoluir da situação, sejam atualizados os avisos meteorológicos, os quais podem ser consultados no link: https://www.ipma.pt/pt/otempo/prev-sam/?p=LSB
Efeitos Expectáveis:
- Ao arrastamento e deposição de materiais sólidos, sobretudo em zonas onde se verifica a existência do “estrangulamento do leito”, nomeadamente devido a passagens hidráulicas;
- Ao acumulado de água, devido aos eventos de precipitação anteriormente verificados;
- Ao assoreamento dos leitos, que poderá originar a diminuição da capacidade de vazão das linhas de água e da capacidade de armazenamento nas albufeiras devido ao arrastamento de sólidos (por erosão);
- À falta de obstáculos à progressão da água nas bacias drenantes e a incapacidade de retenção da precipitação no coberto vegetal (como consequência de áreas ardidas);
- A ocorrência de inundações em zonas urbanas, causadas por acumulação de águas pluviais por obstrução dos sistemas de escoamento;
- A ocorrência de cheias, potenciadas pelo transbordo do leito de alguns cursos de água, rios e ribeiras;
- A instabilidade de vertentes, conduzindo a movimentos de massa (deslizamentos, derrocadas e outros) motivados pela infiltração da água, podendo ser potenciados pela remoção do coberto vegetalna sequência de incêndios rurais, ou por artificialização do solo;
- O arrastamento para as vias rodoviárias de objetos soltos, ou o desprendimento de estruturas móveis, por efeito do vento forte;
A formação de lençóis de água e o piso rodoviário escorregadio.
Medidas de Prevenção:
Durante este período, o Serviço Municipal de Proteção Civil (SMPC) recomenda à população a tomada das necessárias medidas de prevenção e autoproteção, nomeadamente:
Nas inundações em zonas urbanas, causadas por acumulação de águas pluviais
- Verificação dos sistemas de drenagem urbana, procedendo sempre que necessário à limpeza e desobstrução de sumidouros, valetas e outros canais de drenagem, removendo folhas caídas das árvores, areias, pedras e outros detritos.
- O reforço da informação aos cidadãos, para que assegurem desobstrução dos sistemas de escoamento de águas pluviais dos quintais, ou varandas e a limpeza de sarjetas, algerozes e caleiras dos telhados de habitações;
- A Restrição dos movimentos de veículos e de pessoas apeadas, nas zonas potencialmente afetadas, ao mínimo possível;
Nas cheias motivadas pelo transbordo do leito de cursos de água
- A desobstrução de linhas de água principalmente junto a pontes, aquedutos e outros estrangulamentos do escoamento;
- A limpeza de linhas de água assoreadas;
- A limpeza dos resíduos sólidos urbanos (muitos deles de grandes dimensões) depositados nos troços marginais dos cursos de água;
- A verificação (e eventual reparação) de eventuais situações de desmoronamentos das margens das linhas de água, de modo a evitar obstruções ou estrangulamentos;
- A inspeção visual de diques, ou outros aterros longitudinais às linhas de água, destinados a resguardar os terrenos marginais;
- A identificação de novos “pontos críticos” (aglomerados populacionais, edificações, vias de comunicação, pontes/pontões, etc.).
Na instabilidade de taludes ou em movimentos de massa motivados pela infiltração de água, podendo ser potenciados pela remoção do coberto vegetal na sequência de incêndios rurais
- Efetuar a observação de taludes rochosos em que pode haver desmoronamento ou tombamento de blocos de rocha, devendo verificar-se o normal funcionamento das estruturas de escoamento (filtros, proteção de filtros, furos de alívio de pressão de água, etc.) e das estruturas de suporte para a estabilização de taludes (cortinas de cimento, gabiões de proteção, redes de proteção, etc.);
- Efetuar a observação de aterros e taludes de terra, tendo em atenção a existência de possíveis deformações (abertura de fendas que significam arrastamento de material), bem como de assentamentos devido às variações do nível da água nos terrenos.
- Efetuar a observação das zonas afetadas por incêndios rurais, uma vez que a redução do coberto vegetal pode potenciar movimentos de massa, com especial atenção para grandes blocos rochosos com sinais de exposição ao fogo e em posição instável;
- Sempre que as observações feitas suscitem dúvidas, devem ser comunicadas ao SMPC respetivo, de forma a serem desencadeadas formas de medição de parâmetros e de monitorização dos fenómenos de instabilidade.
No arrastamento para as vias rodoviárias de objetos soltos, ou ao desprendimento de estruturas móveis ou deficientemente fixadas, por efeito de episódios de vento forte
- Efetuar a verificação de todas as estruturas que, pelas suas características (dimensão, formato, altura desde o solo, resistência ao vento), possam ser facilmente arrastadas ou levantadas dos seus suportes, procurando garantir que resistem aos ventos fortes;
- Remover ou desmontar preventivamente as estruturas instáveis ou com potencial de risco, guardando-as em locais seguros sempre que ocorram ventos fortes previsíveis;
Na adoção de medidas de autoproteção por parte do cidadão
- Adotar uma condução defensiva, reduzindo a velocidade e tendo especial cuidado com a possível formação de gelo nas vias rodoviárias;
- Assegurando a desobstrução dos sistemas de escoamento de águas pluviais dos quintais, ou varandas e a limpeza de sarjetas, algerozes e caleiras dos telhados de habitações;
- Não estacionar em zonas com histórico de inundações.
- Não atravessar zonas inundadas, de modo a precaver o arrastamento de pessoas ou viaturas para buracos no pavimento ou caixas de esgoto abertas;
- Ter especial cuidado na circulação e permanência junto de áreas arborizadas, devido à possibilidade de queda de ramos ou árvores, em locais de vento mais forte;
- Ter especial cuidado na circulação junto a zonas ribeirinhas historicamente mais vulneráveis a fenómenos de transbordo dos cursos de água;
- Estar atento às informações da meteorologia e às indicações da Proteção Civil e Forças de Segurança.