
Ana Paula tavares
Angolana, nasceu na cidade do Lubango, em 1952. Licenciada em História pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, aí fez o mestrado em Literaturas Africanas de Língua Portuguesa. Entre 1983 e 1985, coordenou o Gabinete de Investigação do Centro Nacional de Documentação Histórica, em Luanda. Mais tarde, fez o Doutoramento em História e Antropologia
Além de Docente Universitária (leciona na Universidade Católica de Lisboa), desempenhou diversos cargos e funções na área da cultura, museologia, arqueologia e etnologia, património, animação cultural e ensino.
Integrou inúmeros encontros científicos nacionais e internacionais (conferências, seminários e workshops) e iniciativas como a Comissão de Reestruturação da Universidade Agostinho Neto, a Comissão para a reestruturação do Ministério da Cultura e para a preparação de uma proposta para a criação do Ministério da Cultura de Angola ou a Comissão para preparação do projeto para fundação de uma Faculdade de Ciências Sociais em Angola.
Acaba de publicar em Portugal O Sangue da Buganvília, livro de crónicas lançado em 1998, pelo Centro Cultural Português. Na poesia publicou os livros Ritos de passagem (1985), O lago da lua (1999), Dizes-me coisas amargas como os frutos (2001), Ex-votos.(2003), Manual para amantes desesperados. (2007)e Como velas finas na terra.(2010). Tem também um outro livro de crónicas (A cabeça de Salomé; 2004), o romance Os Olhos do Homem que Chorava no Rio e a obra colectiva Verbetes Para um Dicionário Afetivo, com Ondjaki, Manuel Jorge Marmelo e Paulinho Assunção.
Em 2004 recebeu o Prémio Mário António de Poesia atribuído pela Fundação Calouste Gulbenkian com o livro Dizes-me coisas amargas como os frutos, em 2007, o Prémio Nacional de Cultura e Artes de Angola (categoria literatura), pelo livro Manual para amantes desesperados e, em 2013, foi-lhe atribuído o Premio Internazionalle Ceppo/Pistoia, Firenze, em Itália.